09 junho, 2008

vida triste sem sentido


“Depois da tristeza vem a alegria; depois da alegria vem a tristeza. Estamos sempre na instabilidade, entre a esperança e o medo.” John Owen

A minha vida não é um conto de fadas, não é uma estória de aventura com heróis, não é uma demanda com amigos fiéis, não é um daqueles episódios de uma telenovela qualquer. A minha vida é triste, uma mera existência nas andanças deste mundo. Olho para trás e vejo o quanto fui diferente do que agora sou. A minha mudança foi amarga, infeliz, angustiante. Como cheguei a isto? Os meus sonhos esfumaram-se com o passar dos anos e vejo aquilo que me tornei. Uma mulher triste, solitária, frustrada, deprimida. Fui um ser simples com sonhos simples mas a vida não mos deu. Faltou-me a sorte... uma brisa apenas bastaria... E porque continuam as pessoas, que guardo no coração, a magoar-me, a querer atirar-me para o fundo do poço, para o abismo mais profundo? Só quero encontrar uma razão para a minha existência, um sentido na minha vida. Ando perdida e à deriva no espaço e na terra. Não pertenço a ninguém e nada me pertence. Só quero que esta dor que me atormenta o peito desaparecesse. Talvez quando desaparecer, a minha vida triste sem sentido também acabe.

1 comentário:

Lucy disse...

Olá amiga!

Gostei muito de ler as tuas estorias, em particular esta, uma vez que dizes "Fui um ser simples com sonhos simples mas a vida não mos deu. Faltou-me a sorte... uma brisa apenas bastaria..." tens razão, mas a nossa geração sofre toda com este mal! Não tivemos sorte, fartamo-nos de estudar, para quê? Para vermos "fulanos e fulanas", sem formação nenhuma, ocuparem cargos que lhes foram "dados por cunha" e não por mérito próprio. Fomos "baptizados" como a "geração rasca", mas enganaram-se somos a "geração à rasca" por culpa das gerações anteriores às nossas que se deixam corrumper e vão na onda das "cunhas".
Não te deixes entristecer, luta como eu também luto, e como todos da nossa geração têm de lutar... afinal de contas, a justiça deve existir algures neste espaço em que vivemos!

Beijos,
Lucy