06 fevereiro, 2014

Medo, porque não te vais embora? Quero a minha vida de volta!!


 “Há dias que o medo se apodera de nós como uma onda rápida e devastadora que arrasa tudo à sua passagem.
O medo torna-se irracional e os pensamentos tóxicos depressa contagiam tudo. Começamos a viver um pesadelo e não conseguimos ver a saída, a luz ao fundo do túnel. Vemos sim, um poço fundo e escuro que nos arrepia a alma e afoga-nos o coração.
Lutamos para sair desta aflição mas o medo não nos deixa. Surge o pânico, a frustração, as fobias... Vem tudo de arrastão, sem aviso, deixando-nos à deriva.
Pensamos na nossa existência, naquilo que já fizemos mas também naquilo que não estamos a fazer. Sim… o medo relembra-nos os nossos fracassos, as nossas tentativas de mudar de vida. O medo faz questão de torturar-nos, de provocar em nós o sentimento de impotência. E em vão, lutamos contra o terrorismo psicológico que o medo nos incute e nos dias difíceis a batalha é vencida pelo inimigo. Dias de derrota onde o sentido da vida é questionado. As perguntam são inevitáveis: “Porquê é que isto me está a acontecer? Porquê eu? “
Tentamos ser otimistas, mas não estamos para ai virados, pelo menos hoje. 

Amanhã, será outro dia e sei que vamos fazer frente ao medo que nos persegue. Vamos dar a volta, fazer batota se necessário, para sairmos do fundo do poço. Encontrar uma janela de esperança, que dias melhores chegarão e aí sim, teremos a nossa vida de volta e seremos pessoas normais outra vez.


30 setembro, 2011

As àrvores também choram

Acordei naquela manhã como em tantas outras, sem um sentido certo, à deriva no espaço e no tempo. Com a esperança renascida mas que se apaga rápida como a chama de uma vela que não resiste a um sopro forte.
Tenho metas e objetivos a cumprir mas rápido se desvanecem. A realidade é brutalmente dura mas não quero desistir e nem posso.
Mais um dia percorrendo as folhas dos jornais, as páginas da internet, os "precisam-se" nos vidros das janelas, aguardando oportunidades aleatórias que o destino poderá me brindar...

Admiro ao espelho aquele rosto cansado e triste e penso que já nada sei fazer. Mas sei fazer tanta coisa! Investi tantos anos da minha vida para chegar a isto? Estou a ficar velha, eles querem gente mais nova. Experiência a mais não dá, experiência a menos não chega. Qualquer coisa serve, todo o trabalho é digno mas eles não respondem.
E os dias passam.

Sinto-me desanimada, frustrada. Os pensamentos não saem da cabeça, as preocupações pesam na alma, sim... por vezes a alma é física, palpável. Decido sair e apanhar uma qualquer estrada, sem pensar para onde ela me pode levar. Quero esvaziar a mente e a depressão que se quer instalar.
Chego então a um local e sinto que existe tristeza e sombras. Uma melancolia paira no ar. As árvores estão cinzentas, despidas, sem vida. Ao olhar para elas sinto que choram. Choram por elas, pelo mundo, pelas injustiças, por todos aqueles que sofrem no dia a dia.
Por vezes estamos tão embrenhados nas nossas vidas que esquecemos o que nos rodeia. Que existem pessoas que também têm os seus problemas e que a vida é mesmo assim.
Que também as àrvores choram e infelizmente têm razão para isso...

31 março, 2010

"Há um tempo de partir, mesmo quando não se tem lugar certo para ir." Tennessee Williams.

Caminho tortuoso este em que me encontro. Tantos sonhos, tantas esperanças, tantos projectos...e nada. As pessoas que fui encontrando pelo caminho, as situações que vivi afastaram-me deles e empurraram-me para a berma.
Tenho batalhado por dias melhores, com a esperança que uma luz brilhe na minha vida, que a alegria volte a habitar a minha alma, mas não... Cada vez que tento agarrar a oportunidade de sair da berma, algo ou alguém empurram-me para mais longe.
Estou cansada de lutar e de caminhar sózinha. De carregar com as desilusões, tristezas, injustiças, traições, mentiras. De engolir o fel da crueldade dos outros, de suportar a indiferença, de sentir o meu rosto a transbordar com as lágrimas da tristeza e do abandono.

Mas pior que isso estou assustada, receosa com o futuro. A vida empurrou-me mais uma vez para um caminho difícil que terei que percorrer. De um momento para o outro, os meus simples sonhos foram novamente destruídos, como o pavio de uma vela apagado por uma simples brisa.  
De tudo o que enfrentei ao longo desta vida este será o meu maior desafio. Estarei à altura? Serei forte o suficiente? A minha vida já segue outro rumo e não tive escolha, fui obrigada a isso.

É tempo de partir, eu sei...Estou cansada, mas não vou deixar de caminhar, estou triste, mas não vou deixar de sorrir, estou com medo, mas não vou deixar de ter esperança. Porque agora não estou a caminhar sózinha. Ela está lá, a meu lado, a agarrar-se à minha mão. Não a vou largar nunca!

Não sei para onde o caminho nos vai levar, mas prometo-te, minha estrelinha, que estarei sempre contigo. Porque agora és a minha vida.