Acordei naquela manhã como em tantas outras, sem um sentido certo, à deriva no espaço e no tempo. Com a esperança renascida mas que se apaga rápida como a chama de uma vela que não resiste a um sopro forte.
Tenho metas e objetivos a cumprir mas rápido se desvanecem. A realidade é brutalmente dura mas não quero desistir e nem posso.
Mais um dia percorrendo as folhas dos jornais, as páginas da internet, os "precisam-se" nos vidros das janelas, aguardando oportunidades aleatórias que o destino poderá me brindar...
Admiro ao espelho aquele rosto cansado e triste e penso que já nada sei fazer. Mas sei fazer tanta coisa! Investi tantos anos da minha vida para chegar a isto? Estou a ficar velha, eles querem gente mais nova. Experiência a mais não dá, experiência a menos não chega. Qualquer coisa serve, todo o trabalho é digno mas eles não respondem.
E os dias passam.
Sinto-me desanimada, frustrada. Os pensamentos não saem da cabeça, as preocupações pesam na alma, sim... por vezes a alma é física, palpável. Decido sair e apanhar uma qualquer estrada, sem pensar para onde ela me pode levar. Quero esvaziar a mente e a depressão que se quer instalar.
Chego então a um local e sinto que existe tristeza e sombras. Uma melancolia paira no ar. As árvores estão cinzentas, despidas, sem vida. Ao olhar para elas sinto que choram. Choram por elas, pelo mundo, pelas injustiças, por todos aqueles que sofrem no dia a dia.
Por vezes estamos tão embrenhados nas nossas vidas que esquecemos o que nos rodeia. Que existem pessoas que também têm os seus problemas e que a vida é mesmo assim.
Que também as àrvores choram e infelizmente têm razão para isso...
Por vezes estamos tão embrenhados nas nossas vidas que esquecemos o que nos rodeia. Que existem pessoas que também têm os seus problemas e que a vida é mesmo assim.
Que também as àrvores choram e infelizmente têm razão para isso...
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